O ( Sub ) consciente
“Porém o SENHOR disse a Samuel : Não atentes para a sua aparência , nem para a sua altura , porque o rejeitei ; porque o SENHOR não vê como vê o homem . O homem vê o exterior , porém o SENHOR , o coração” . I Samuel 16:7
Apesar de termos extrema rejeição por ditaduras politicas e as rechaçarmos com profunda e verdadeira razão pelo que elas representam , e quão danosas são para a liberdade pessoal , de expressão e principalmente de opinião , não nos atentamos o quanto estamos presos a outras “ditaduras” que na maioria das vezes passam desapercebidas , e nos aprisionam de forma cruel e nociva.
O sistema de vida a que estamos presos ( Rm 12:2 ) nos cauterizam de forma anestésica , pois não percebemos que em nosso caminhar diário estamos repetindo movimentos pré estabelecidos , moldados e definidos por padrões aprovados e bem vistos por todos. São atitudes que tomamos sem sentir , são realizados de forma automática , pois foram adquiridos durante o nosso período de crescimento e desenvolvimento físico , mental e psicológico. Os estudos apontam que as características de personalidade são formadas nos primeiros 06 anos de vida , e partir daí muito pouco pode ser alterado. Todas as características a serem formadas estarão sujeitas então , a esses moldes , a essas rotinas , a essas regras.
O que podemos esperar então da formação de gerações que são formadas debaixo de conceitos muitas vezes equivocados e movidos por interesses corporativos ou pessoais. Desde de tempos imemoriais gerações se sucedem , adquirindo o formato do período de tempo em que vivem e se desenvolvem. A medida de tempo para determina-las veio diminuindo a partir de momento que os avanços científicos e tecnológicos vieram se acelerando e conquistando a mente do homem. No conceito bíblico uma geração era medida por 40 anos , no conceito familiar atual podemos medir uma geração por um período de 25 anos. No conceito tecnológico atual as gerações são medidas por um período de 10 anos apenas , devido a intensa e absurda corrida em direção a atualização , a novidades e lançamentos com intuitos apenas comerciais.
Independente de tudo isto e desligados da questão tempo , período e localização , o ser humano desenvolveu métodos próprios para viver , cada um em seu tempo , de uma forma que o seu interior não se “chocasse” com a exterior realidade em que vivia. O ser humano tomou como forma de defesa a utilização de “máscaras” que encobrem artificialmente seus sentimentos , desejos e vontade. O homem ao tentar esconder o seu interior ou demonstrar uma postura diferente da sua realidade aos seus semelhantes , incorre em um grande erro. Tal atitude bloqueia a essência da busca pela intimidade com Deus. Não podemos nos esconder dos olhos do Senhor ( Salmos 139:7 ) , e esta tentativa acaba se tornando um grande peso espiritual.
Vivemos uma verdadeira “ditadura” das aparências em todos os sentidos de nossa vida . Até em ambientes religiosos ou espirituais , onde esta prática deveria ser combatida , nos deparamos com práticas que exaltam as aparências , que privilegiam os conceitos em “extremos opostos”. A opção de agradar “os olhos” é a preferida por todos , é a mais comoda e prática , pois não requer compromisso e busca de relacionamento verdadeiro. A comodidade e praticidade estão ligadas diretamente a “rasa e superficial” estilo de vida que temos desenvolvido. A ânsia em demonstrar as aparências que agradem , obstruem totalmente as ações de empatia e compreensão que deveríamos desenvolver , se fluíssem de nosso interior.
O texto inicial fala por si só. Demonstra uma verdade única , constante e eterna.”O homem vê o exterior , porém o SENHOR, o coração” . I Sm 16:7