sábado, setembro 7, 2024

Criando uma alternativa de opinião para os acontecimentos atuais sob um ponto de vista cristão atemporal

Cotidiano

Crente e satisfeito em incomodar

Os dias atuais

Viver no Brasil nos dias atuais é como estar dentro de uma montanha russa. O misto das emoções experimentadas vão sendo intercaladas numa velocidade intensa. A cada instante o estar no alto  é substituído pela queda repentina , o riso dá lugar a sensação de pavor , a alegria momentânea é trocada pelo medo do que virá após a curva fechada , a incerteza de que o carrinho não vai sair dos trilhos após ficar de cabeça para baixo desafiando a gravidade de repente invade o pensamento do passageiro. Enfim a cada dia que nasce  surgem as “novidades ” mais bizarras nos meios de comunicação , nas mídias sociais , nas conversas informais , nas esquinas do caminho para o trabalho. A cada semana as revistas que tem periodicidade semanal , invadem as bancas ( para os heróis da resistência que ainda mantem o hábito da leitura do material impresso ) e o espaço digital com as notícias de maior relevância do período. Reportagens , colunas , matérias e editoriais são apresentados após criteriosa seleção , seguindo uma linha editorial que representa a identidade e o pensamento da revista. Portanto toda matéria publicada representa e tem aprovação da editoria da revista , pois a partir da emissão e distribuição do material a editoria se torna co-responsável pelas publicações.  Se o que escrevi não condiz com a legislação da imprensa , sinto muito , porém esta é a minha interpretação.

Os fatos

A revista Veja publicou um artigo assinado pelo jornalista J.R. Guzzo , em que trata os evangélicos como  pessoas que estão contrários aos “cidadãos de bem” , que estão através de suas posições radicais incomodando aqueles que lutam pela manutenção do “status quo” dominante. Enfim que estes “brasileiros morenos” não agradam a nossa tão querida elite política e empresarial. O fato é que , as opiniões polarizadas estão cada vez mais  acirradas e estas disputas que por hora estão apenas no campo ideológico , estão caminhando para formas mais agressivas de provocação e insulto. De longe o conceito de “respeito” está sendo  totalmente negligenciado , deixado de lado , colocado em um plano secundário , visto não fazer mais parte , da linha de conduta que deveria ser usual a quem escreve ou apresenta material a ser analisado pelo público. Na realidade hoje em dia  quem escreve deve ser feroz , verborrágico , insultuoso  , (de)formador de opiniões , uma verdadeira metralhadora giratória.

O caso específico

Neste caso específico , diversas lideranças evangélicas se manifestaram em desagravo ao artigo publicado , visto que não estavam se encaixando no perfil traçado pelo jornalista. Se acharam injustiçados , denegridos , diminuídos. Cobraram uma retratação em virtude de todo o benefício e alcance que o trabalho das igrejas desenvolvem junto aqueles que são desprovidos , carentes , desvalidos e abandonados pela sociedade. Nada mais justo sob o ponto de vista da sociedade e do governo , que a final de contas recebe  um precioso auxílio , neste difícil trabalho junto aos mais necessitados. Porém se formos olhar sob o ponto visto da igreja , deveríamos estar tremendamente contentes , pois estamos assumindo o verdadeiro papel da igreja que se iniciou a mais de 2000 anos atrás , pois quando os primeiros apóstolos eram recebidos nas cidades com temor , pois a fama que os precedia era : ” Estão chegando aqueles que estão transtornando o mundo”.  Sob o ponto de vista da igreja devemos ter a consciência que somos diferentes dos demais , que enxergamos o mundo de outra forma e por isto somos incômodos. Temos o conhecimento , pois os fatos corroboram para isso , que o mundo está caminhando para um colapso de degradação , tempo em que os conceitos morais estão sendo pretensamente atualizados a uma nova ordem vindoura.

Para finalizar

A igreja passou muito tempo buscando alcançar comodidades. Na verdade se conformando com o mundo , tomando a forma do mundo. Devemos lembrar que as comodidades só existem para quem compactua com o “status” vigente. O engajamento que devemos ter com a sociedade em que vivemos , deve ser pautada no continuo trabalho de “dar” sem a expectativa de “receber”. Realizar sabendo que estamos fazendo o que é correto , sem esperar um “tapinha nas costas”. Visto que o tempo em que teremos de dar conta de nosso breve período neste pequeno planeta , está próximo. Mas não fiquem apreensivos , ainda há tempo de fazer parte do time dos “incômodos e felizes crentes”.

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